sábado, 24 de setembro de 2011

Receita de Felicidade




 Escrito por Regina Brett que assina uma coluna no The Plain Dealer, Cleveland, Ohio.

"Para celebrar o meu envelhecimento, certo dia eu escrevi as 45 lições que a vida me ensinou.''


1. Seu trabalho não vai cuidar de você quando você adoecer. Seus amigos e seus pais vão. Mantenha contato.
2. Sempre escolha a vida.
3. A vida é muito curta para perdermos tempo odiando alguém.
4. A vida não é justa, mas ainda é boa.
5. Nunca é tarde demais para se ter uma infância feliz. Mas a segunda só depende de você e mais ninguém.
6. Você não tem que vencer todo argumento. Concorde para discordar.
7. Chore com alguém. É mais curador do que chorar sozinho.
8. Está tudo bem em ficar bravo com Deus. Ele aguenta.
9. Poupe para a aposentadoria, começando com seu primeiro salário.
10. Quando se trata de chocolate, resistência é em vão.
11. Sele a paz com seu passado, para que ele não estrague seu presente.
12. Está tudo bem em seus filhos te verem chorar.
13. Não compare sua vida com a dos outros. Você não tem idéia do que se trata a jornada deles.
14. Se um relacionamento tem que ser um segredo, você não deveria estar nele.
15 Tudo pode mudar num piscar de olhos; mas não se preocupe, Deus nunca pisca.
16. Respire bem fundo. Isso acalma a mente.
17. Se desfaça de tudo que não é útil, bonito e prazeroso.
18. O que não te mata, realmente te torna mais forte.
19. Quando estiver em dúvida, apenas dê o próximo pequeno passo.
20. Quando se trata de ir atrás do que você ama na vida, não aceite “não” como resposta.
21. Acenda velas, coloque os lençóis bonitos, use a lingerie elegante. Não guarde para uma ocasião especial. Hoje é especial.
22. Se prepare bastante; depois, se deixe levar pela maré…
23. Ninguém é responsável pela sua felicidade, além de você.
24. O órgão sexual mais importante é o cérebro.
25. Seja excêntrico agora, não espere ficar velho para usar roxo.
26. Encare cada desastre com essas palavras: Em cinco anos, vai importar?
27. Pague suas faturas de cartão de crédito todo mês.
28. Envelhecer é melhor do que morrer jovem.
29. O que outras pessoas pensam de você não é da sua conta.
30. O tempo cura quase tudo. Dê tempo.
31. Independentemente de a situação ser boa ou ruim, irá mudar.
32. Não se leve tão a sério. Ninguém mais leva…
33. Acredite em milagres.
34. Deus te ama por causa de quem Ele é, não pelo que vc fez ou deixou de fazer.
35. Não faça auditoria de sua vida. Apareça e faça o melhor dela agora.
36. Quando estiver em dúvida, apenas dê o próximo pequeno passo.
37. Seus filhos só têm uma infância.
38. Se todos jogássemos nossos problemas em uma pilha e víssemos os de todo mundo, pegaríamos os nossos de volta.
39. Produza..
40. Tudo o que realmente importa, no final, é que você amou.
41 Vá para a rua todo dia. Milagres estão esperando em todos os lugares.
42 Não importa como você se sinta, levante, se vista e apareça.
43. O melhor está por vir.
44. Inveja é perda de tempo. Você já tem tudo o que precisa.
45. A vida não vem embrulhada em um laço, mas ainda é um presente 


''Felicidade é a certeza de que a nossa vida não está se passando inutilmente.''
Érico Veríssimo
                       Criança brincando feliz

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Amor


Vida
É o amor existencial.
Razão
É o amor que pondera.
Estudo
É o amor que analisa.
Ciência
É o amor que investiga.
Filosofia
É o amor que pensa.
Religião
É o amor que busca a Deus.
Verdade
É o amor que eterniza.
Ideal
É o amor que se eleva.

É o amor que transcende.
Esperança
É o amor que sonha.
Caridade
É o amor que auxilia.
Fraternidade
É o amor que se expande.
Sacrifício
É o amor que se esforça.
Renúncia
É o amor que depura.
Simpatia
É o amor que sorri.
Trabalho
É o amor que constrói.
Indiferença
É o amor que se esconde.
Desespero
É o amor que se desgoverna.
Paixão
É o amor que se desequilibra.
Ciúme
É o amor que se desvaira.
Orgulho
É o amor que enlouquece.
Sensualismo
É o amor que se envenena.
Finalmente, o ódio, que julgas ser a antítese do amor, não é senão o próprio amor que adoeceu gravemente.


Francisco Cândido Xavier

terça-feira, 19 de julho de 2011

Aos meus amigos...

Que vergoonha! Tem um mês que não posto nada aqui...
Ando tão sem criatividade, que até pra procurar uma mensagem, um texto, um poema ou um pensamento não sinto prazer.
Sim, prazer! Gosto mais das coisas que dão prazer... Cantar uma música, ler um livro e procurar coisas que me toquem e que toque cada pessoa que vem aqui ler o que eu posto.
Sabe mais o que me da prazer? Meus amigos... E aproveitando que amanhã, 20,  é o Dia do Amigo, farei uma homenagem a eles, vocês. Vocês devem estar se perguntando porque não fazer isso amanhã. Porque amanhã pode ser tarde demais. e no meu caso, estarei viajando.



''Vida é o trem que passa
Os sonhos são vagões
O amor é o maquinista
Somos nós, a estação!

Adquira seu bilhete, faça sua escolha
O trem vai seguindo continuadamente
Em cada vagão, o desejo de sua mente
...há também tristezas, desilusões
Com a passagem na mão, escolha!

A viagem, se longa não sabemos
A bagagem é cada dia vivenciada
Mudar o rumo, podemos
Sem mesmo saber da parada

A estação nunca pode estar vazia
Será sempre um passeio viver
Se sentar na janela, aprecie
Tudo é passagem, algo pode reter

Cada dia que passa é contagem regressiva
Viaje como se cada instante fosse único
Cada olhar como se fosse o último

Respire fundo, o caminho é longo
Encontrará adversidades
...tristezas
...saudades
...abismos
...retas
...curvas
inúmeras serão as vezes
que não veremos o que há além da curva
Mas o percurso seguirá sonhando

A vida é uma viagem
Somos mutantes
Somos passageiros
Somos nuvens
Somos fumaça

Por não saber decifrar o mapa da vida
Algumas vezes nos perderemos no trajeto
Mas, para quem sonha, nada é impossível
nunca se perde, sempre se encontra

Escute, ouça, é o apito de mais uma partida
Poderá estar partindo para novos lugares
sem roteiros
sem destino
sem poente ou nascente
A direção é para a felicidade
Conduzirá e será conduzido
O maquinista sempre atento
na história, na vida

De tudo que viver, uma coisa é certa:
Não se canse da viagem, prossiga
Lute, grite, implore
Mas não desista
...se cansar, acene, sorria
O maquinista não te deixará
Não hesite, não tema
Onde parar, um coração
certamente o acalentará

A viagem prossegue
...e sabendo onde quer ir
Vá seguro, você consegue
Sabendo sempre que vai valente...
sua viagem será eternamente...
no vagão de primeira classe.''
Lillyan Lopes



E que o trem de vocês sempre passe por mim!

Mas se por acaso ficarem com uma certa preguicinha de ler tudo ai pra cima, esta música também pode falar por mim:



''My love will follow you
Stay with you
Baby you're never alone''

sábado, 18 de junho de 2011

Ei, ''Por favor, Cativa-me''


O Pequeno Príncipe de Antoine de Saint Exupèry nos mostra uma profunda mudança de valores, que ensina como nos equivocamos na avaliação das coisas e das pessoas que nos rodeiam e como esses julgamentos nos levam à solidão. Nós nos entregamos a nossas preocupações diárias, nos tornamos adultos de forma definitiva e esquecemos a criança que fomos.

Ensinamentos de um Pequeno Príncipe...



Eu sou uma raposa", disse a raposa.
"Venha brincar comigo", propôs o Pequeno Príncipe. "Eu estou tão triste".
"Eu não posso brincar com você", a raposa disse. "Eu não estou cativada".
"O que significada isso – cativar?"
"É uma coisa que as pessoas freqüentemente negligenciam", disse a raposa. "Significa estabelecer laços".
"Sim" disse a raposa. "Para mim você é apenas um menininho e eu não tenho necessidade de você. E você por sua vez, não tem nenhuma necessidade de mim. Para você eu não sou nada mais do que uma raposa, mas sem você me cativar então nós precisaremos um do outro".
A raposa olhou fixamente para o Pequeno Príncipe durante muito tempo e disse: "Por favor cativa-me."
"O que eu devo fazer para cativar você?" perguntou o Pequeno Príncipe.
Você deve ser muito paciente". Disse a raposa. "Primeiro você vai sentar a uma pequena distância de mim e não vai dizer nada. Palavras são as fontes de desentendimento. Mas você se sentará um pouco mais perto de mim todo dia."
No dia seguinte o principezinho voltou.
"Teria sido melhor voltares à mesma hora, disse a raposa. Se tu vens por exemplo, às quatro da tarde, desde as três eu começarei a ser feliz. Quanto mais a hora for chegando, mais me sentirei feliz. Ás quatro horas, então, estarei inquieta e agitada: descobrirei o preço da felicidade! Mas se tu vens por exemplo a qualquer momento, nunca saberei a hora de preparar o coração...É preciso ritos."
Então o Pequeno Príncipe cativou a raposa e depois chegou a hora da partida dele – "Oh!" disse a raposa. "Eu vou chorar".
"A culpa é sua", disse o Pequeno Príncipe, "mas você mesma quis que eu a cativasse".
"Adeus", disse o Pequeno Príncipe.
"Adeus", disse a raposa. "E agora eu vou contar a você um segredo: nós só podemos ver perfeitamente com o coração; o que é essencial é invisível aos olhos. Os homens têm esquecido esta verdade. Mas você não deve esquecê-la.

"Você se torna eternamente responsável por aquilo que cativa..."



Antoine de Saint-Exupéry filho do conde e condessa de Foscolombe (29 de junho de 1900, Lyon - 31 de julho de 1944) foi escritor, ilustrador e piloto da Segunda Guerra Mundial.
Outras Obras:
  • O aviador (1926);
  • Correio do Sul (1928);
  • Vôo Noturno (1931);
  • Terra de Homens (1939);
  • Piloto de Guerra (1942);
  • O Pequeno Príncipe (br) - O Principezinho (pt) (1943).
  • Cidadela (1948)-
  • Cartas ao Pequeno Príncipe

quarta-feira, 1 de junho de 2011

E o que a gente faz com a saudade?

Durante [quase] 2 anos, convivi com pessoas que tornaram minhas noites muito mais alegres e até mesmo suportáveis.
Não me recordo quando foi, mas essas pessoas tornaram-se especiais de tal maneira que passaram a serem amigos... E então passei  a contar meus segredos, meus medos, meus porres, meus amores... E passei a ouvir também.
Dividi com eles risadas, choros, problemas, anotações para as provas, pipocas, livros, planos...
E foi assim, que não vi 2 pequenos anos se passarem, afinal, eu tinha vocês.


Baiano (Alexsandre), Celinha,  Nem (Elisangela), Maíra, Isa e Domingos (Douglas) dizem que ''o que é bom dura pouco'' e eu tenho que concordar com tal afirmativa, nossos encontros já não são tão possíveis e a certeza que eu tinha de ver vocês depois do fim de semana já não existe mais... A saudade já esta matando, e isso é sintoma de distancia.
Agora nos resta conviver com a ausência!


Baiano, saudade de você brigando comigo ou até mesmo estressado.
Celinha quantas vezes já discutimos, não?!! Peço desculpas por qualquer palavra que tenha te magoado... Ah! Desculpas aceitas... Haha
Nem, quem vai me dizer pra ser mais compreensiva e quem vai me vender Natura ou Avon???
Maíra saudade de você me contando seus problemas, suas neuras, falando mal de um certo alguém(s)...  Quem vai me chamar de Elinha?
Isa, sempre tão doce, e agora, quem vai fazer perguntas que as vezes parecem tão obvias??? E Domingos, quem vai ter paciência de ficar ouvindo todas as minhas histórias confusas, e ainda vai me dar conselhos?

Eu só tenho o que agradecer a vocês...




"Quem me dará um ombro amigo
Quando eu precisar?
E se eu cair? Se eu vacilar?
Quem vai me levantar?

Sou eu
Quem vai ouvir você
Quando o mundo não puder te entender?

Foi Deus
Quem te escolheu Pra ser o melhor Amigo
Que eu pudesse ter


Amigos pra sempre
Bons amigos que nasceram pela fé
Amigos pra sempre
Pra sempre
Amigos sim se Deus quiser

Quem é que vai me acolher
Na minha Indecisão?
se eu me perder pelo caminho
Quem me dará a mão?

Foi Deus
Quem consagrou você e eu
Para sermos bons amigos
Num só coração
Por isso eu estarei aqui
Quando tudo parecer sem solução

Peço a Deus que te guarde
E me dê sua paz."


Espero que vocês saibam que sempre poderão contar comigo, qualquer dificuldade, qualquer caso novo pra contar é só me ligar, chamar pra sair, (Baiano, essa vai especialmente pra você)  pra fazer um lanche lá na casa da Tia Elianinha... Nossa amizade é pra sempre, não é bagueteiros e baguetão??? Haha
Nunca se esqueçam de mim.
Eu amo vocês!

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Se eu fosse eu



Quando eu não sei onde guardei um papel importante e a procura revela-se inútil, pergunto-me: se eu fosse eu e tivesse um papel importante para guardar, que lugar escolheria? Às vezes dá certo. Mas muitas vezes fico tão pressionada pela frase "se eu fosse eu", que a procura do papel se torna secundária, e começo a pensar, diria melhor sentir.

E não me sinto bem. Experimente: se você fosse você, como seria e o que faria? Logo de início se sente um constrangimento: a mentira em que nos acomodamos acabou de ser movida do lugar onde se acomodara. No entanto já li biografias de pessoas que de repente passavam a ser elas mesmas e mudavam inteiramente de vida.

Acho que se eu fosse realmente eu, os amigos não me cumprimentariam na rua, porque até minha fisionomia teria mudado. Como? Não sei.

Metade das coisas que eu faria se eu fosse eu, não posso contar. Acho por exemplo, que por um certo motivo eu terminaria presa na cadeia. E se eu fosse eu daria tudo que é meu e confiaria o futuro ao futuro.

"Se eu fosse eu" parece representar o nosso maior perigo de viver, parece a entrada nova no desconhecido.

No entanto tenho a intuição de que, passadas as primeiras chamadas loucuras da festa que seria, teríamos enfim a experiência do mundo. Bem sei, experimentaríamos enfim em pleno a dor do mundo. E a nossa dor aquela que aprendemos a não sentir. Mas também seríamos por vezes tomados de um êxtase de alegria pura e legítima que mal posso adivinhar. Não, acho que já estou de algum modo adivinhando, porque me senti sorrindo e também senti uma espécie de pudor que se tem diante do que é grande demais

Clarice Lispector

sexta-feira, 6 de maio de 2011

É Deus...

Escutando essa música, percebi que não poderia deixar de posta-lá aqui no blog.
A letra, que traduz a mais pura verdade,  nos mostra que podemos dar apenas um passo de cada vez e que é Deus está por trás de todos os seus sentidos, é Ele que nos move e é Ele ...



...O Sol da Meia Noite

Rosa de Saron
Composição : Guilherme de Sá
 
É estranho e difícil
Me dizer que está tudo bem?
Se há alguma coisa,
Então venha entender
O quanto só você
Pode dar um simples passo de cada vez


O Sol da meia-noite
Aqui existe você,
Pense, pare e veja que o amor resiste
Olhe, prova, sente, toca


É Deus que te faz entender toda poesia
E torna mais valiosa a vida
E prova que ainda dá pra ser feliz
Apenas atenda quem chama


E perceba
Que só ele pode compreender o seu interior
E a suas dores afastar, o seu sonho realizar, a sua vida transformar
Basta que você entenda


Que é Deus que te faz entender toda poesia
E torna mais valiosa a vida
E prova que ainda dá pra ser feliz
Apenas atenda quem chama


E peça que nessa noite
Ele te toque e cure toda suas feridas
E vele o sono e espere acordar
Amanhã será um novo dia


Amanhã (Amanhã)...
Amanhã (Amanhã)! A domani, À demain,

Amanhã, Mañana, Morgen, Tomorrow!

Que é Deus que te faz entender toda poesia
E torna mais valiosa a vida
E prova que ainda dá pra ser feliz
Apenas atenda quem chama


E peça que nessa noite
Ele te toque e cure toda suas feridas
E vele o sono e espere acordar
Amanhã será um novo dia



Amanhã será um novo dia!

terça-feira, 3 de maio de 2011

Vocês pediram e ela esta de volta...

Itabirito vai tremer, vem ai Fusão do Álcool 2.
Com a dupla sensação de Minas, Felipe e Nando
Camarote Open Bar ou Pista
E o melhor DJ das pistas tocando o melhor da dance music.
 Dia 14 de maio, às 22h na Arena Real.
Pontos de vendas de ingressos:
Império Jeans
Império Jóias
E comigo 8364-8878
Não percam!

quarta-feira, 20 de abril de 2011

'Foi por amor que Ele se entregou no seu lugar...'

Convite

“Porque Deus amou o mundo de tal maneira, que deu seu filho unigênito, para que todo aquele que nele crê, não pereça, mas tenha a vida eterna”
João 3:16

Todo o Debut Cristão, Crisma e Equipe de Música convidam você para reviver os passos Daquele que se entregou pra nos salvar e que deixou a oportunidade se sermos melhores a cada dia.

''Pagou por seus pecados somente por te amar''

Sexta-Feira Santa, dia 22 de Abril
Saindo da Matriz de Nossa Senhora da Boa Viagem às 08h da manhã

Venha nos prestigiar!

segunda-feira, 18 de abril de 2011

129° aniversário de Monteiro Lobato

O maior escritor infantil brasileiro de todos os tempos, José Bento Monteiro Lobato, nasceu em 18 de abril de 1882, em Taubaté (SP). Cresceu numa fazenda, se formou em direito sem nenhum entusiasmo, já que sempre quis ser pintor! Desenhava bem! Quando estudante, participou do grupo "O Cenáculo" e entre risadas e leituras insaciáveis, escreveu crônicas e artigos irreverentes. - Em 1907 foi para Areias como promotor público, casou com Maria Pureza com quem teve três filhos. Entediado com a vida numa cidade pequena, escreveu prefácios, fez traduções, mudou para a fazenda Buquira, tentou modernizar a lavoura arcaica, criou o polêmico "Jeca Tatu", fez uma imensa e acalentada pesquisa sobre o SACI publicada no Jornal O Estado de São Paulo. - Em 1918 lançou, com sucesso, seu primeiro livro de contos URUPÊS. Fundou a Editora Monteiro Lobato & Cia, melhorando a qualidade gráfica vigente, lançando autores inéditos e chegando à falência. - Em 1920 lançou A MENINA DO NARIZ ARREBITADO, com desenhos e capa de Voltolino, conseguindo sua adoção em escolas e uma edição recorde de 50.000 exemplares. - Fundou a Cia Editora Nacional no Rio de Janeiro. Convidado pra ser adido comercial em Nova York ficou lá por 4 anos (de 1927 a 1931) fascinado por Henry Ford, pela metalurgia e petróleo. Perdeu todo seu dinheiro no crash da bolsa. - Voltou para o Brasil, se jogou na Campanha do Petróleo, fazendo conferências, enviando cartas, conscientizando o país inteiro da importância do óleo. Percebeu, então, o quanto era conhecido e popular. Foi preso! Alternou entusiasmo e depressão com o Brasil. - Participou da Editora Brasiliense, morou em Buenos Aires, foi simpatizante comunista, escreveu para crianças ininterruptamente e com sucesso estrondoso, traduziu muito e teve suas obras traduzidas. - Morreu em 4 de julho de 1948 dum acidente vascular. - Suas obras completas são constituídas por 17 volumes dirigidos às crianças e 17 para adultos englobando contos, ensaios, artigos e correspondência.


Os Animais e a Peste

Em certo ano terrível de peste entre os animais, o leão, mais apreensivo, consultou um macaco de barbas brancas.
- Esta peste é um castigo do céu – respondeu o macaco – e o remédio é aplacarmos a cólera divina sacrificando aos deuses um de nós.
- Qual? – perguntou o leão.
- O mais carregado de crimes.
O leão fechou os olhos, concentrou-se e, depois duma pausa, disse aos súditos reunidos em redor:
- Amigos! É fora de dúvida que quem deve sacrificar-se sou eu. Cometi grandes crimes, matei centenas de veados, devorei inúmeras ovelhas e até vários pastores. Ofereço-me, pois, para o sacrifício necessário ao bem comum.
A raposa adiantou-se e disse:
- Acho conveniente ouvir a confissão das outras feras. Porque, para mim, nada do que Vossa Majestade alegou constitui crime. São coisas que até que honram o nosso virtuosíssimo rei Leão.
Grandes aplausos abafaram as últimas palavras da bajuladora e o leão foi posto de lado como impróprio para o sacrifício.
Apresentou-se em seguida o tigre e repete-se a cena. Acusa-se de mil crimes, mas a raposa mostra que também ele era um anjo de inocência.
E o mesmo aconteceu com todas as outras feras.
Nisto chega a vez do burro. Adianta-se o pobre animal e diz:
- A consciência só me acusa de haver comido uma folha de couve da horta do senhor vigário.
Os animais entreolharam-se. Era muito sério aquilo. A raposa toma a palavra:
- Eis amigos, o grande criminoso! Tão horrível o que ele nos conta, que é inútil prosseguirmos na investigação. A vítima a sacrificar-se aos deuses não pode ser outra porque não pode haver crime maior do que furtar a sacratíssima couve do senhor vigário.
Toda a bicharada concordou e o triste burro foi unanimamente eleito para o sacrifício.

Moral da Estória:
Aos poderosos, tudo se desculpa…
Aos miseráveis, nada se perdoa.

Conheça mais em http://lobato.globo.com/index.asp

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Hoje é... DIA DO BEIJO!!

No dia 13 de abril de 1982 foi criado o Dia do Beijo...

Então, falemos deste assunto, que é muitoo bom por sinal...

É difícil saber, ao certo, o que motivou a criação da data comemorativa, mas diz a história - verdadeira ou não - que o italiano Enrique Porchelo beijava todas as mulheres que encontrava na vila em que vivia, casadas ou não. Em 13 de abril de 1882, o padre local teria oferecido um prêmio em moedas de ouro às mulheres que não haviam sido beijadas pelo "Don Juan". Conta a lenda que nenhuma apareceu e que o tesouro está escondido em algum lugar da Itália até hoje.

Beijar faz bem e não engorda
O beijo pode ser uma das maneiras para combater a depressão. Como qualquer atividade física, ativa a liberação de endorfinas no cérebro, substância ligada às sensações de prazer.
E mais...
  • O toque dos lábios movimenta 29 músculos da face e 32 da língua, num esforço que funciona como ginástica facial, ajudando a evitar  o envelhecimento precoce, aguça o olhar, o tato, o paladar, o olfato e a audição.
  • Os médicos e os psicólogos alemães concluíram que aqueles que beijam, faltam menos ao trabalho por motivo de doença do que aqueles que não beijam. Aqueles que beijam, também sofrem menos acidentes no trabalho, ganham 20 a 30 por cento a mais e vivem aproximadamente cinco anos a mais.
  • Ajuda a criar anticorpos - Um estudo do jornal Medical Hypotheses indicou que beijar pode aumentar a imunidade das mulheres ao Cytomegalovirus, uma doença que pode causar cegueira infantil e problemas no feto, se a mãe desenvolve o vírus durante a gravidez. Entretanto o vírus é praticamente inofensivo nos adultos.
  • Queima calorias - Como toda a atividade física, beijar gasta calorias. E ainda que sejam poucas, de 2 a 6 por minuto, é uma maneira bem interessante de passar o tempo e se movimentar.                          
  • É bom para relaxar - Apesar de servir como exercício, um beijo bem dado, daqueles tipo de cinema, demorado e apaixonado, é um ótimo relaxante.                                                                                        





Ta esperando o que para aproveitar o dia de hoje???
Haha

Feliz Dia do BeijoO

terça-feira, 12 de abril de 2011

A Lista

Composição : Oswaldo Montenegro
                    
Faça uma lista de grandes amigos
Quem você mais via há dez anos atrás
Quantos você ainda vê todo dia
Quantos você já não encontra mais...

Faça uma lista dos sonhos que tinha
Quantos você desistiu de sonhar!
Quantos amores jurados pra sempre
Quantos você conseguiu preservar...

Onde você ainda se reconhece
Na foto passada ou no espelho de agora?
Hoje é do jeito que achou que seria
Quantos amigos você jogou fora?

Quantos mistérios que você sondava
Quantos você conseguiu entender?
Quantos segredos que você guardava
Hoje são bobos ninguém quer saber?

Quantas mentiras você condenava?
Quantas você teve que cometer?
Quantos defeitos sanados com o tempo
Eram o melhor que havia em você?

Quantas canções que você não cantava
Hoje assobia pra sobreviver?
Quantas pessoas que você amava
Hoje acredita que amam você?

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Como prometido, continuação de Um Quase Off

Há alguns dias atrás, eu comecei a fazer um post, mas pelas minhas condições internetísticas, não pude continuar. E agora trago a cobertura completa, posso dizer assim? de 'Um Quase Off'. Como eu disse, Congonhas do Norte é uma cidade simplória, mas muito aconchegante.
Marcada pela tradição do estilo barroco do seu maior patrimônio, a Igreja Matriz de Sant'Ana, que foi construída pelas filhas bastardas de Dom Pedro.


Com apenas 5.332 habitantes (IBGE/2009), está localizada na Rota da Estrada Real, a 210 km de Belo Horizonte.

É um lugar de belas paisagens e cachoeiras, e que às vezes até parece esquecida no tempo. Segundo dizem alguns moradores mais antigos um padre há muito tempo rogou uma praga em que a cidade daria um passo pra frente e dois para trás.

Mas falando de coisas boas, todos os anos, Congonhas do Norte é destacada pela festa da padroeira, Sant'Ana, que acontece nos dias 22 a 27 de julho, quando acontece a tradicional carruagem de bois e cavalgada, além do belíssimo rodeio de touros e cavalos.


Visitem Congonhas do Norte!

Para se amar de verdade

Quando me amei de verdade, compreendi que em qualquer circunstância, eu estava no lugar certo, na hora certa, no momento exato.
E então, pude relaxar.
Hoje sei que isso tem nome... Auto-estima.
Quando me amei de verdade, pude perceber que minha angústia, meu sofrimento emocional, não passa de um sinal de que estou indo contra minhas verdades.
Hoje sei que isso é... Autenticidade.
Quando me amei de verdade, parei de desejar que a minha vida fosse diferente e comecei a ver que tudo o que acontece contribui para o meu crescimento.
Hoje chamo isso de... Amadurecimento.
Quando me amei de verdade, comecei a perceber como é ofensivo tentar forçar alguma situação ou alguém apenas para realizar aquilo que desejo, mesmo sabendo que não é o momento ou a pessoa não está preparada, inclusive eu mesmo.
Hoje sei que o nome disso é... Respeito.
Quando me amei de verdade comecei a me livrar de tudo que não fosse saudável... Pessoas, tarefas, tudo e qualquer coisa que me pusesse para baixo. De início minha razão chamou essa atitude de egoísmo.
Hoje sei que se chama... Amor-próprio.
Quando me amei de verdade, deixei de temer o meu tempo livre e desisti de fazer grandes planos, abandonei os projetos megalômanos de futuro.
Hoje faço o que acho certo, o que gosto, quando quero e no meu próprio ritmo.
Hoje sei que isso é... Simplicidade.
Quando me amei de verdade, desisti de querer sempre ter razão e, com isso, errei muitas menos vezes.
Hoje descobri a... Humildade.
Quando me amei de verdade, desisti de ficar revivendo o passado e de preocupar com o futuro. Agora, me mantenho no presente, que é onde a vida acontece.
Hoje vivo um dia de cada vez. Isso é... Plenitude.
Quando me amei de verdade, percebi que minha mente pode me atormentar e me decepcionar. Mas quando a coloco a serviço do meu coração, ela se torna uma grande e valiosa aliada.
Tudo isso é... Saber viver !!!

Charles Chaplin


Mini-biografia:
Charles Spencer Chaplin (1889 - 1977), foi um ator e diretor inglês.

terça-feira, 29 de março de 2011

Um quase off...

Boa noite a todos!
Estou numa cidadizinha pequena, quase desuatualizada, mexendo no computador de uma lan house, quanto tempo eu não fazia isso!! e quero compartilhar com vocês esse lugar simplório, mas muito aconchegante. E agora muito frio
Esse lugar chama-se Congonhas do Norte...






E eu prometo falar mais tudo assim que eu chegar em Itabirito!

Porque este esta sendo o post mais devagar de se fazer da minha vida, ufa!!
Nada carrega, não consigo postar fotos...entendem, não é?!!
Não consigo nem visualizar!
usahushau
Beijo e fiquem com Deus

segunda-feira, 28 de março de 2011

Para a segunda-feira...



''Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver, apesar de todos os desafios, incompreensões e períodos de crise.
Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e se tornar um autor da própria história.
É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar um oásis no recôndito da sua alma.
É agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da vida.
Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos.
É saber falar de si mesmo.
É ter coragem para ouvir um não.
É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta.''

Augusto Cury

Mini-biografia:
Augusto Jorge Cury (1958), psiquiatra e escritor brasileiro.

Tenha uma boa semana!

sábado, 26 de março de 2011

Por um Mundo Melhor, Hora do Planeta

Acontece hoje, sábado, dia 26 de março às 20h30min a 60 Hora do Paneta. Mas o que é? A hora do Planeta é um ato simbólico, promovido no mundo todo pela Rede WWF, no qual governos, empresas e população demostram a sua preocupação com o aquecimento global, apagando as luzes durante 60 minutos.


''A Hora do Planeta é um movimento de todos nós. Ela une cidades, empresas e indivíduos para demonstrar às lideranças mundiais - e, principalmente, para mostrar uns aos outros - que queremos uma solução contra o aquecimento global. É uma oportunidade única para nós, brasileiros, de nos unirmos com a comunidade global em uma única voz para deter as mudanças climáticas.''
Denise Hamú, secretária-geral do WWF-Brasil


E isso é só o começo, há muito mais a ser feito. Atitudes simples, mas com grandes consequencias:











E apesar de terem sido feitas para o Ano Novo, essas são ações que podemos praticar qualquer dia do ano.
Dê o primeiro passo!

sexta-feira, 25 de março de 2011

Nos versos do Rosa de Saron...




As Dores Do Silêncio
Rosa de Saron
Composição : Eduardo Faro


Ao meu redor
Procuro entender
O que virá
Se bem longe eu vou estar

Diante de Ti
Eu entreguei os meus caminhos
Pra Te sentir
E nunca mais chorar sozinho

Mas cansado estou
e fraco a esperar
que Tua doce voz venha o meu sono despertar

Manda Teu espírito e vem me abraçar
Pra eu não chorar
Preciso de Ti aqui
Pra me consolar

Manda Teu espírito e vem me abraçar
Pra eu não chorar
Preciso de Ti aqui
Pra me consolar

Só Você faz o mar se acalmar
E traz paz iluminando o meu olhar
Sabes ouvir as dores do silêncio
E persistir em esquecer os meus lamentos

Sei que em Você
Encontro meu alento
Estendo as minhas mãos
Entrego os meus sentimentos

Manda Teu espírito e vem me abraçar
Pra eu não chorar
Preciso de Ti aqui
Pra me consolar



Acho que não é preciso dizer nada, certo?!

quarta-feira, 23 de março de 2011

Carta do Índio Chefe Seattle "Manifesto da Terra-Mãe"




Já passaram muitos anos desde que foi escrita, apesar disso, a carta que se
segue, continua atual e é uma crescente preocupação do homem de hoje.
Foi em 1854 que o chefe Seattle, da tribo Suquamish, do Estado de Washington, depois de o Governo norte americano ter proposto a compra do território ocupado por aqueles índios, respondeu ao presidente dos Estados Unidos da seguinte forma:

O Grande Chefe mandou dizer que deseja comprar a nossa terra. O Grande Chefe assegurou-nos também de sua amizade e benevolência. Isto é gentil de sua parte, pois sabemos que ele não precisa de nossa amizade.
Vamos, porém, pensar em sua oferta, pois sabemos que, se não o fizermos, o homem branco virá com armas e tomará nossa terra. O Grande Chefe de Washington pode confiar no que o Chefe Seattle diz, com a mesma certeza com que nossos irmãos brancos podem confiar na alteração das estações do ano. Minha palavra é como as estrelas – elas não empalidecem.
Como pode querer comprar ou vender o céu, o calor da terra? Tal idéia nos é estranha. Se não somos donos da pureza do ar ou do esplendor da água, como então pode comprá-los?
Cada torrão desta terra é sagrado para meu povo. Cada folha reluzente do pinheiro, cada praia arenosa, cada véu de neblina na floresta escura, cada clareira e inseto a zumbir são sagrados nas tradições e na consciência do meu povo. A seiva que circula nas árvores carrega consigo as recordações do homem vermelho.
O homem branco esquece a sua terra natal, quando – depois de morto – vai vagar por entre as estrelas. Os nossos mortos nunca esquecem esta formosa terra, pois ela é a mãe do homem vermelho. Somos parte da terra e ela é parte de nós. As flores perfumadas são nossas irmãs: o cervo, o cavalo, a grande águia – são nossos irmãos. As montanhas rochosas, as fragrâncias dos bosques, o calor que emana do corpo de um potro e o homem – todos pertencem à mesma família.
Portanto, quando o Grande Chefe de Washington manda dizer que deseja comprar nossa terra, ele exige muito de nós. O Grande Chefe manda dizer que irá reservar para nós um lugar onde possamos viver confortavelmente. Ele será nosso pai e nós seremos seus filhos. Portanto vamos considerar a sua oferta de comprar a nossa terra. Mas não vai ser fácil, não. Porque esta terra é, para nós, sagrada.
Esta água brilhante que corre nos rios e regatos não é apenas água, mas sim o sangue de nossos ancestrais. Se lhe vendermos a terra, terá que se lembrar que ela é sagrada e terá de ensinar a seus filhos que é sagrada e que cada reflexo espectral na água límpida dos lagos conta os eventos e as recordações da vida de meu povo. O rumorejar da água é a voz do pai de meu pai.
Os rios são nossos irmãos, eles apagam nossa sede. Os rios transportam nossas canoas e alimentam nossos filhos. Se lhe vendermos nossa terra terá de se lembrar e ensinar a seus filhos que os rios são irmãos nossos e seus, e terá de dispensar aos rios a afabilidade que daria a um irmão.
Sabemos que o homem branco não compreende o nosso modo de viver. Para ele um lote de terra é igual a outro, porque ele é um forasteiro que chega na calada da noite e tira da terra tudo que necessita. A terra não é sua irmã, mas sim sua inimiga, e depois de a conquistar, ele vai embora. Deixa para trás os túmulos de seus antepassados, e nem se importa. Arrebata a terra das mãos de seus filhos e não se importa. Ficam esquecidas a sepultura de seu pai e o direito de seus filhos à herança. Ele trata sua mãe – a terra – e seu irmão – o céu – como coisas que podem ser compradas, saqueadas, vendidas como ovelhas ou miçangas cintilantes. Sua voracidade arruinará a terra, deixando para trás apenas um deserto.
Não sei. Nossos modos diferem dos seus. A vista de suas cidades causa tormento aos olhos do homem vermelho. Mas talvez isto seja assim por ser o homem vermelho um selvagem que de nada entende.
Não há um lugar sequer calmo nas cidades do homem branco. Não há lugar onde se possa ouvir o desabrochar da folhagem na primavera ou o tinir das asas de um inseto. Mas talvez assim seja por ser eu um selvagem que nada compreende. O barulho parece apenas insultar os seus ouvidos. E que vida é aquela se um homem não pode ouvir a voz solitária do curiango ou, de noite, a conversa dos sapos em volta de um brejo? Sou um homem vermelho e nada compreendo. O índio prefere o suave sussurro do vento a sobrevoar a superfície de uma lagoa e o cheiro do próprio vento, purificado por uma chuva do meio-dia, ou rescendendo a pinheiro.
O ar é precioso para o homem vermelho, porque todas as criaturas respiram em comum – os animais, as aves, o homem. O homem branco parece não perceber o ar que respira. Como um moribundo em prolongada agonia, ele é insensível ao ar fétido. Mas se lhe vendermos nossa terra, terá de se lembrar que o ar é precioso para nós. Que o ar reparte seu espírito com toda a vida que ele sustenta. O vento que deu ao nosso bisavô o seu primeiro sopro de vida, também recebe seu último suspiro. E se lhe vendermos nossa terra, deverá mantê-la reservada, feito um santuário, como um lugar em que o próprio homem branco possa ir saborear o vento, adoçado com a fragrância das flores campestres.
Assim, pois, vamos considerar sua oferta para comprar nossa terra. Se decidirmos aceitar, farei uma condição: o homem branco deve tratar os animais desta terra como se fossem seus irmãos.
Sou um selvagem e desconheço que possa ser de outro jeito. Tenho visto milhares de bisões apodrecendo na pradaria, abandonados pelo homem branco que os abatia a tiros disparados do trem em movimento. Sou um selvagem e não compreendo como um fumegante cavalo de ferro possa ser mais importante do que o bisão que (nós – os índios) matamos apenas para o sustento de nossa vida.
O que é o homem sem os animais? Se todos os animais acabassem, o homem morreria de uma grande solidão de espírito. Porque tudo quanto acontece aos animais, logo acontece ao homem. Tudo está relacionado entre si.
O Grande Chefe deve ensinar a seus filhos que o chão debaixo de seus pés são as cinzas de nossos antepassados. Para que tenham respeito ao país, conte a seus filhos que a riqueza da terra são as vidas dos nossos parentes. Ensine a seus filhos o que temos ensinado aos nossos: que a terra é nossa mãe. Tudo quanto fere a terra, fere os filhos da terra. Se os homens cospem no chão, cospem sobre eles próprios.
De uma coisa sabemos: a terra não pertence ao homem: é o homem que pertence à terra. Disto temos certeza. Todas as coisas estão interligadas, como o sangue que une uma família. Tudo está relacionado entre si.
Tudo quanto agride à terra, agride os filhos da terra. Não foi o homem quem teceu a trama da vida; ele é meramente um fio da mesma. Tudo que ele fizer para a trama, à si próprio fará.
Os nossos filhos viram os seus pais humilhados na derrota. Os nossos guerreiros sucumbem sob o peso da vergonha. E depois da derrota passam o tempo em ócio, envenenando seu corpo com alimentos adocicados e bebidas ardentes. Não tem grande importância onde passaremos os nossos últimos dias – eles não são muitos. Mais algumas horas, mesmo alguns invernos, e nenhum dos filhos das grandes tribos que viveram nesta terra ou que tem andado em pequenos bandos pelos bosques, sobrará para chorar, sobre nossos túmulos, um povo que um dia foi tão poderoso e cheio de confiança como o nosso.
Nem o homem branco, cujo Deus com ele passeia e conversa de amigo para amigo, pode ser isento do destino comum. Poderíamos ser irmãos apesar de tudo. Vamos ver. De uma coisa sabemos que o homem branco venha talvez, um dia a descobrir: nosso Deus é o mesmo Deus. Talvez julgue, agora, que o pode possuir do mesmo jeito como deseja possuir a nossa terra; mas não pode. Ele é Deus da humanidade inteira e é igual sua piedade para com o homem vermelho e o homem branco.
Esta terra é querida por ele e causar dano à terra é cumular de desprezo o seu criador. Os brancos vão acabar; talvez mais cedo do que todas as outras raças. Continuem poluindo as suas camas e hão de morrer uma noite, sufocados em seus próprios dejetos.
Porém, ao perecerem, eles brilharão com fulgor, abrasados pela força de Deus, que os trouxe a este país e, por algum desígnio especial, lhes deu domínio sobre esta terra e sobre o homem vermelho. Esse destino é para nós um mistério, pois não podemos acreditar como será quando todos os bisões forem massacrados, os cavalos selvagens domados, as brenhas das florestas carregadas de odor de muita gente e a vista das velhas colinas empanada por fios que falam. Onde ficará o emaranhado da mata? Terá acabado. Onde estará a águia? Irá acabar. Restará dar adeus à andorinha e à caça. O fim da vida é o começo da luta para sobreviver.
Compreenderíamos talvez, se conhecêssemos com o que sonha o homem branco, se soubéssemos quais as esperanças que transmite a seus filhos nas longas noites de inverno, quais as visões do futuro que oferece às suas mentes, para que possam formar desejos para o dia de amanhã. Somos, porém, selvagens. Os sonhos do homem branco são para nós ocultos. Por serem ocultos, temos que escolher nosso próprio caminho.
Se consentirmos em vender a nossa terra, será para garantir as reservas que nos prometeu. Lá talvez possamos viver nossos últimos dias, conforme desejamos. Depois que o último homem vermelho tiver partido e a sua lembrança não passar da sombra de uma nuvem a pairar acima das pradarias, a alma do meu povo continuará vivendo nesta floretas e praias, porque nós a amamos, como ama um recém-nascido o bater do coração de sua mãe.
Se lhe vendermos a nossa terra, ame-a como nós a amávamos. Proteja-a, como nós a protegíamos. Nunca esqueça de como era esta terra, quando dela tomou posse. E com toda a sua força, o seu poder e todo o seu coração: – conserve-a para seus filhos e ame-a como Deus nos ama a todos. De uma coisa sabemos: o nosso Deus é o mesmo Deus. Esta terra é por ele amada. Nem mesmo o homem branco pode evitar o nossos destino comum.

Noah Sealth (1786-1866)

Convite





A tricentenária Matriz de Nossa Senhora da Boa Viagem de Itabirito, recebe o Coral Canarinhos de Itabirito dia 25/03 em sua Cantata Quaresmal, às 20h, entrada franca.

A busca pela paz é sempre um dos grandes desafios do mundo contemporâneo. Neste cenário atual de desastres ecológicos e conflitos internacionais, a reflexão tem sido uma grande aliada à prosperidade cristã. O canto polifônico, com toda sua beleza estética, eleva os humanos a um real estado de graça e paz.

“A quaresma - período de maior reflexão no calendário cristão, é para a história da música um “cenário de inspirações” onde boa parte dos compositores criaram verdadeiras obras mestras cada qual em seus respectivos estilos e tempos”, afirma Eric Lana, Maestro e Diretor Artístico dos Canarinhos de Itabirito.

Neste contexto, o Coral Canarinhos de Itabirito preparou um concerto com obras de elevado nível técnico exclusivamente apropriadas para o período quaresmal. No repertório, os contemporâneos Javier Busto e John Rutter se fundem aos seus antepassados, Mendelssohn, Bach e Pe. José Maria Xavier (exemplo raro da música sacra oitocentista mineira) nas 45 vozes das crianças e jovens integrantes dos Canarinhos de Itabirito. O concerto tem a direção artística e regência do Maestro Eric Lana, com a participação de solistas e instrumentistas convidados.

Evento: Cantata Quaresmal
Data: 25 de março
Horário: 20h
Local: Igreja de N. S. Da Boa Viagem – Itabirito MG.
Valor: ENTRADA FRANCA
Duranção: 1h
Classificação etária: livre
Informações: (31) 8643-1244

sexta-feira, 18 de março de 2011

Informações (In)Úteis

No dia 18 de março do ano de:
731 – São Gregório III inicia seu reinado como 90º papa, que sucedeu o Papa Gregório II.

1241 – Cracóvia é destruída pelos mongóis.

1871 – O presidente do governo francês, Louis Adolphe Thiers, fracassa na tentativa de desarmar a Guarda Nacional em Paris. A população se rebela, expulsa o contingente que tentava o desarmamento tendo assim se iniciado a independência de Paris em relação à Assembleia Constituinte em Versalhes.

1981 – Entra em vigor o Tratado de Montevidéu, que institucionaliza a Associação Latino-Americana de Integração (ALADI).


E também: Dia Nacional da Imigração Judaica e Dia do DeMolay

Vivaa!

Eu filosofo, tu filosoficas, nós filosofamos...

Escrever é esquecer. A literatura é a maneira mais agradável de ignorar a vida. A música embala, as artes visuais animam, as artes vivas (como a dança e a arte de representar) entretêm. A primeira, porém, afasta-se da vida por fazer dela um sono; as segundas, contudo, não se afastam da vida - umas porque usam de fórmulas visíveis e portanto vitais, outras porque vivem da mesma vida humana. Não é o caso da literatura. Essa simula a vida. Um romance é uma história do que nunca foi e um drama é um romance dado sem narrativa. Um poema é a expressão de ideias ou de sentimentos em linguagem que ninguém emprega, pois que ninguém fala em verso.
Fernando Pessoa


Mini Biografia:

Fernando António Nogueira Pessoa (1888-1935, Lisboa), poeta e escritor português. Pessoa é considerado junto de Luís Vaz de Camões um dos mais importantes poetas de língua portuguesa.

quinta-feira, 17 de março de 2011

Como num romance...

A História de Lily Braun

Composição: Edu Lobo/Chico Buarque

Como num romance
O homem dos meus sonhos
Me apareceu no dancing
Era mais um
Só que num relance
Os seus olhos me chuparam
Feito um zoom

Ele me comia
Com aqueles olhos
De comer fotografia
Eu disse cheese
E de close em close
Fui perdendo a pose
E até sorri, feliz

E voltou
Me ofereceu um drinque
Me chamou de anjo azul
Minha visão
Foi desde então ficando flou

Como no cinema
Me mandava às vezes
Uma rosa e um poema
Foco de luz
Eu, feito uma gema
Me desmilinguindo toda
Ao som do blues

Abusou do scotch
Disse que meu corpo
Era só dele aquela noite
Eu disse please
Xale no decote
Disparei com as faces
Rubras e febris

E voltou
No derradeiro show
Com dez poemas e um buquê
Eu disse adeus
Já vou com os meus
Numa turnê

Como amar esposa
Disse ele que agora
Só me amava como esposa
Não como star
Me amassou as rosas
Me queimou as fotos
Me beijou no altar

Nunca mais romance
Nunca mais cinema
Nunca mais drinque no dancing
Nunca mais cheese
Nunca uma espelunca
Uma rosa nunca
Nunca mais feliz

Cantada por Chico Buarque, e agora, numa linda versão da Maria Gadú, fico pensando na história por trás dos versos de A História de Lily Braun.
E saciando essa vontade, convido vocês a conhecer Lily Braun por Veri Prado (http://embalagemeconteudo.blogspot.com/2009/12/historia-de-lily-braun.html).

A Historia de Lily Braun

Ela era fã de romances. Lia livros e via filmes que falavam de amor e ficava imaginando como seria se ela fosse a personagem principal. Imaginava o homem dos seus sonhos, como ele seria e como seria sua aproximação. Lily era daquelas mocinhas de filme, gostava de histórias com final feliz e possuía uma imaginação tão louca quanto fértil. Freqüentadora assídua de um bar próximo de onde morava, Lily era conhecida lá por ser discreta e sempre tomar a mesma bebida, na mesma mesa toda a semana. O bar era uma danceteria discreta, música ambiente, bar man e sempre frequentado pelas mesmas pessoas. Ela nunca se interessara pelos caras que ali bebiam e conversavam. Achava que eles nunca lhe dariam o romance que ela tanto almejava. Queria algo arrebatador, diferente. Algo que lhe tirasse da mesmice e lhe levasse para dentro de seus livros e filmes de romance, mas desta vez de verdade, não só na imaginação.


Uma certa noite chovia muito e Lily entrou no Dancing e pediu o de sempre ao garçom. Ele lhe trouxe o martini com três azeitonas. Lily gostava do gosto que as azeitonas deixavam no final da sua bebida. E depois ela as comia devagar, saboreando o martini ali impregnado. Naquela noite, ela pouco se interessou em observar as pessoas que estavam no Dancing. Estava concentrada no novo livro de romance que comprara antes de entrar ali. Quando enfim terminou o primeiro capítulo do livro, viu que o martini tb tinha se acabado e com ele as azeitonas. Chegou a pensar que o livro estava tão interessante, que nem percebeu quando as tinha comido. Lily precisava ir pra casa, estava a muito tempo ali sentada sem perceber. Ainda bem que morava bem próximo ao Dancing. Alguns passos e estaria em casa.

Quando fechou o livro e levantou a cabeça para pedir a conta ao garçom, seus olhos lhe levaram para a porta por onde está entrando, naquele instante, um homem bem apressado. Parece estar querendo se proteger da chuva. “Coitado!” Ela pensou. Mas seu pensamento não passou disso. Afinal, era apenas mais um freqüentador novo no Dancing. E neste momento ele a avistou. E foi como se os olhos dele tivesse lhe dado um close. Assim como acontecem nos cinemas. Ele ficou parado por um tempo contemplando Lily. Parecia comê-la com os olhos. O que a deixou muito sem jeito e talvez com um pouco de medo. Mas ela sorriu timidamente a ele. E logo se imaginou fazendo poses para os olhos daquele homem desconhecido que a olhava como se a tivesse fotografando para não esquecer do seu rosto. Pensou que talvez fosse bom retribuir a ele os olhares, afinal ele era muito bonito, pelo menos assim de longe. E foi então, quando pensou nisso, que ela lhe sorriu dessa vez com tamanha felicidade. Pois tinha algo dizendo a Lily que era para ela agir dessa forma. Parecia que os olhos daquele homem a tinham hipnotizado.

Ele veio em sua direção, para Lily não havia mais ninguém no Dancing, apenas ela e aquele homem misterioso. Quando ele se aproximou, ela conseguiu ver direito o seu rosto. Tinha as sobrancelhas grossas e bem desenhadas, um rosto quadrado e lábios médios. O queixo era bem pronunciado. Não possuía barba e nem bigode e os cabelos eram negros e ainda tinha um pouco de costeleta. Parecia aquele personagem do filme que ela tinha visto semana passada. Pensou ser imaginação. Talvez devesse parar de ler e de ver tantos romances. Mas a sua imaginação acabara de lhe oferecer um drinque. Ela disse que sim apenas com a cabeça. Ele puxou a cadeira ainda olhando em seus olhos, quando o garçom se aproximou. E sem tirar os olhos dela ele pediu: “Traga para essa moça o mesmo que estava bebendo e um scotch para mim!” Lily se sentiu confusa. Pensou em ir embora, mas antes mesmo que ela juntasse suas coisas ele falou novamente: “O que um anjo azul faz aqui neste lugar?!” Anjo azul?! Que brega! Mas assim era Lily, brega como seus romances. E nesse instante sua visão ficou flou. Depois deste dia, vários martinis com três azeitonas Lily tomou com aquele homem que deveria ter vindo do romance mais meloso que ela já tinha lido ou visto. Ás vezes era presenteada com uma rosa azul e um poema feito especialmente para ela. Lily estava aproveitando cada momento daqueles encontros no Dancing, que passaram a ser rotineiros e vivia como as personagens mais amadas da face da ficção. Mas o seu romance, de fictício não tinha nada.. Todos os dias quando chegava em casa, e escutava o blues que estava tocando no Dancing quando se conheceram, ficava pensando no olhar, nas palavras em tudo o mais que aquele homem lhe proporcionava, ela se comparava a uma gema sem clara, completamente desmilinguida. Era assim que ela pensava estar. Numa certa noite ele abusou um pouco do tal scotch e entre tantas palavras de amor ele lhe disse que o corpo dela seria só dele aquela noite. “Oh…por favor!” Ela disse. O achou atrevido e ela não seria dessas. Afinal ela era a mocinha e não a moça malvada que quer separar o casal, pensava ela. Mas não era isso o que Lily queria dizer. Queria mesmo ter seu corpo envolto ao dele. Mesmo assim, ela colocou seu xale em volta do busto para esconder o decote da chuva ou de quem quer que seja e se foi. Cheia de vergonha, com o rosto vermelho e quente.

Lily continuou freqüentando o Dancing, mas já não queria encontrar aquele homem. Achava que ele tivesse desistido dela por ela se negar a ir pra cama com ele. Chegou a se arrepender de dizer não, mas Lily era muito tímida e contida em seus sentimentos carnais. Ela queria sim se entregar ao homem da sua vida. Mas achava que ele tinha sido muito canalha ao lhe proferir aquelas palavras. “Meu corpo só dele?! Não sou uma mercadoria!” chegou a pensar cheia de raiva sentada na mesma mesa, tomando seu Martini. Mesmo não querendo encontrá-lo, Lily não parava de olhar para a porta do Dancing. Queria que estivesse chovendo como da primeira vez. E achou que ele nunca mais voltaria ali. Lily tentou se ater ao seu novo romance e quando percebeu que folheava as páginas do livro sem prestar atenção no que estava escrito ali, decidiu ir embora. Juntou seu casaco e bolsa e caminhou até a porta. Quando a abriu, eis que surge em sua frente aquele homem. Tinha ele em suas mãos um buquê de rosas azuis e dez poemas feitos especialmente para ela. Tinha juntado por todos esses dias que não haviam se encontrado. Mas Lily ficou irredutível, apesar de querer abraçar seu grande amor, não pegou as flores ou os poemas, Lhe disse adeus e saiu caminhando. Ele foi atrás dela e gritava seu nome lhe pedindo para esperar. Lily parou e ele em sua frente disse que lhe amava e que a queria como esposa e não como mercadoria. O coração de Lily disparou, era tudo o que ela queria ouvir desde que se conhecia por gente. Ela mal conseguia acreditar quando ele a beijou no altar da Igreja da cidade onde nascera.




Com o passar do tempo, Lily nunca mais leu ou viu um romance. Pensava que, o que ela estava vivendo era suficiente. Nunca mais tomaram drinque no Dancing. Afinal, lá era cheio de homens, não ficaria bem para uma mulher casada freqüentar aquele lugar de solteiros. E também nunca mais recebera suas rosas azuis ou seus poemas. Sentia falta de tudo aquilo. Talvez Lily seria mais feliz anteriormente e não sabia disso. Achava que sua felicidade estivesse nas mãos de um romance, mas estava enganada. Sua privação da vida que tinha antes lhe respondera que não. O romance da vida real lhe dissera que não.

***

E aí, vocês concordam?
Em breve a história por trás da A História de Lily Braun, por mim Cecilia&Ana.