terça-feira, 29 de março de 2011

Um quase off...

Boa noite a todos!
Estou numa cidadizinha pequena, quase desuatualizada, mexendo no computador de uma lan house, quanto tempo eu não fazia isso!! e quero compartilhar com vocês esse lugar simplório, mas muito aconchegante. E agora muito frio
Esse lugar chama-se Congonhas do Norte...






E eu prometo falar mais tudo assim que eu chegar em Itabirito!

Porque este esta sendo o post mais devagar de se fazer da minha vida, ufa!!
Nada carrega, não consigo postar fotos...entendem, não é?!!
Não consigo nem visualizar!
usahushau
Beijo e fiquem com Deus

segunda-feira, 28 de março de 2011

Para a segunda-feira...



''Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver, apesar de todos os desafios, incompreensões e períodos de crise.
Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e se tornar um autor da própria história.
É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar um oásis no recôndito da sua alma.
É agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da vida.
Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos.
É saber falar de si mesmo.
É ter coragem para ouvir um não.
É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta.''

Augusto Cury

Mini-biografia:
Augusto Jorge Cury (1958), psiquiatra e escritor brasileiro.

Tenha uma boa semana!

sábado, 26 de março de 2011

Por um Mundo Melhor, Hora do Planeta

Acontece hoje, sábado, dia 26 de março às 20h30min a 60 Hora do Paneta. Mas o que é? A hora do Planeta é um ato simbólico, promovido no mundo todo pela Rede WWF, no qual governos, empresas e população demostram a sua preocupação com o aquecimento global, apagando as luzes durante 60 minutos.


''A Hora do Planeta é um movimento de todos nós. Ela une cidades, empresas e indivíduos para demonstrar às lideranças mundiais - e, principalmente, para mostrar uns aos outros - que queremos uma solução contra o aquecimento global. É uma oportunidade única para nós, brasileiros, de nos unirmos com a comunidade global em uma única voz para deter as mudanças climáticas.''
Denise Hamú, secretária-geral do WWF-Brasil


E isso é só o começo, há muito mais a ser feito. Atitudes simples, mas com grandes consequencias:











E apesar de terem sido feitas para o Ano Novo, essas são ações que podemos praticar qualquer dia do ano.
Dê o primeiro passo!

sexta-feira, 25 de março de 2011

Nos versos do Rosa de Saron...




As Dores Do Silêncio
Rosa de Saron
Composição : Eduardo Faro


Ao meu redor
Procuro entender
O que virá
Se bem longe eu vou estar

Diante de Ti
Eu entreguei os meus caminhos
Pra Te sentir
E nunca mais chorar sozinho

Mas cansado estou
e fraco a esperar
que Tua doce voz venha o meu sono despertar

Manda Teu espírito e vem me abraçar
Pra eu não chorar
Preciso de Ti aqui
Pra me consolar

Manda Teu espírito e vem me abraçar
Pra eu não chorar
Preciso de Ti aqui
Pra me consolar

Só Você faz o mar se acalmar
E traz paz iluminando o meu olhar
Sabes ouvir as dores do silêncio
E persistir em esquecer os meus lamentos

Sei que em Você
Encontro meu alento
Estendo as minhas mãos
Entrego os meus sentimentos

Manda Teu espírito e vem me abraçar
Pra eu não chorar
Preciso de Ti aqui
Pra me consolar



Acho que não é preciso dizer nada, certo?!

quarta-feira, 23 de março de 2011

Carta do Índio Chefe Seattle "Manifesto da Terra-Mãe"




Já passaram muitos anos desde que foi escrita, apesar disso, a carta que se
segue, continua atual e é uma crescente preocupação do homem de hoje.
Foi em 1854 que o chefe Seattle, da tribo Suquamish, do Estado de Washington, depois de o Governo norte americano ter proposto a compra do território ocupado por aqueles índios, respondeu ao presidente dos Estados Unidos da seguinte forma:

O Grande Chefe mandou dizer que deseja comprar a nossa terra. O Grande Chefe assegurou-nos também de sua amizade e benevolência. Isto é gentil de sua parte, pois sabemos que ele não precisa de nossa amizade.
Vamos, porém, pensar em sua oferta, pois sabemos que, se não o fizermos, o homem branco virá com armas e tomará nossa terra. O Grande Chefe de Washington pode confiar no que o Chefe Seattle diz, com a mesma certeza com que nossos irmãos brancos podem confiar na alteração das estações do ano. Minha palavra é como as estrelas – elas não empalidecem.
Como pode querer comprar ou vender o céu, o calor da terra? Tal idéia nos é estranha. Se não somos donos da pureza do ar ou do esplendor da água, como então pode comprá-los?
Cada torrão desta terra é sagrado para meu povo. Cada folha reluzente do pinheiro, cada praia arenosa, cada véu de neblina na floresta escura, cada clareira e inseto a zumbir são sagrados nas tradições e na consciência do meu povo. A seiva que circula nas árvores carrega consigo as recordações do homem vermelho.
O homem branco esquece a sua terra natal, quando – depois de morto – vai vagar por entre as estrelas. Os nossos mortos nunca esquecem esta formosa terra, pois ela é a mãe do homem vermelho. Somos parte da terra e ela é parte de nós. As flores perfumadas são nossas irmãs: o cervo, o cavalo, a grande águia – são nossos irmãos. As montanhas rochosas, as fragrâncias dos bosques, o calor que emana do corpo de um potro e o homem – todos pertencem à mesma família.
Portanto, quando o Grande Chefe de Washington manda dizer que deseja comprar nossa terra, ele exige muito de nós. O Grande Chefe manda dizer que irá reservar para nós um lugar onde possamos viver confortavelmente. Ele será nosso pai e nós seremos seus filhos. Portanto vamos considerar a sua oferta de comprar a nossa terra. Mas não vai ser fácil, não. Porque esta terra é, para nós, sagrada.
Esta água brilhante que corre nos rios e regatos não é apenas água, mas sim o sangue de nossos ancestrais. Se lhe vendermos a terra, terá que se lembrar que ela é sagrada e terá de ensinar a seus filhos que é sagrada e que cada reflexo espectral na água límpida dos lagos conta os eventos e as recordações da vida de meu povo. O rumorejar da água é a voz do pai de meu pai.
Os rios são nossos irmãos, eles apagam nossa sede. Os rios transportam nossas canoas e alimentam nossos filhos. Se lhe vendermos nossa terra terá de se lembrar e ensinar a seus filhos que os rios são irmãos nossos e seus, e terá de dispensar aos rios a afabilidade que daria a um irmão.
Sabemos que o homem branco não compreende o nosso modo de viver. Para ele um lote de terra é igual a outro, porque ele é um forasteiro que chega na calada da noite e tira da terra tudo que necessita. A terra não é sua irmã, mas sim sua inimiga, e depois de a conquistar, ele vai embora. Deixa para trás os túmulos de seus antepassados, e nem se importa. Arrebata a terra das mãos de seus filhos e não se importa. Ficam esquecidas a sepultura de seu pai e o direito de seus filhos à herança. Ele trata sua mãe – a terra – e seu irmão – o céu – como coisas que podem ser compradas, saqueadas, vendidas como ovelhas ou miçangas cintilantes. Sua voracidade arruinará a terra, deixando para trás apenas um deserto.
Não sei. Nossos modos diferem dos seus. A vista de suas cidades causa tormento aos olhos do homem vermelho. Mas talvez isto seja assim por ser o homem vermelho um selvagem que de nada entende.
Não há um lugar sequer calmo nas cidades do homem branco. Não há lugar onde se possa ouvir o desabrochar da folhagem na primavera ou o tinir das asas de um inseto. Mas talvez assim seja por ser eu um selvagem que nada compreende. O barulho parece apenas insultar os seus ouvidos. E que vida é aquela se um homem não pode ouvir a voz solitária do curiango ou, de noite, a conversa dos sapos em volta de um brejo? Sou um homem vermelho e nada compreendo. O índio prefere o suave sussurro do vento a sobrevoar a superfície de uma lagoa e o cheiro do próprio vento, purificado por uma chuva do meio-dia, ou rescendendo a pinheiro.
O ar é precioso para o homem vermelho, porque todas as criaturas respiram em comum – os animais, as aves, o homem. O homem branco parece não perceber o ar que respira. Como um moribundo em prolongada agonia, ele é insensível ao ar fétido. Mas se lhe vendermos nossa terra, terá de se lembrar que o ar é precioso para nós. Que o ar reparte seu espírito com toda a vida que ele sustenta. O vento que deu ao nosso bisavô o seu primeiro sopro de vida, também recebe seu último suspiro. E se lhe vendermos nossa terra, deverá mantê-la reservada, feito um santuário, como um lugar em que o próprio homem branco possa ir saborear o vento, adoçado com a fragrância das flores campestres.
Assim, pois, vamos considerar sua oferta para comprar nossa terra. Se decidirmos aceitar, farei uma condição: o homem branco deve tratar os animais desta terra como se fossem seus irmãos.
Sou um selvagem e desconheço que possa ser de outro jeito. Tenho visto milhares de bisões apodrecendo na pradaria, abandonados pelo homem branco que os abatia a tiros disparados do trem em movimento. Sou um selvagem e não compreendo como um fumegante cavalo de ferro possa ser mais importante do que o bisão que (nós – os índios) matamos apenas para o sustento de nossa vida.
O que é o homem sem os animais? Se todos os animais acabassem, o homem morreria de uma grande solidão de espírito. Porque tudo quanto acontece aos animais, logo acontece ao homem. Tudo está relacionado entre si.
O Grande Chefe deve ensinar a seus filhos que o chão debaixo de seus pés são as cinzas de nossos antepassados. Para que tenham respeito ao país, conte a seus filhos que a riqueza da terra são as vidas dos nossos parentes. Ensine a seus filhos o que temos ensinado aos nossos: que a terra é nossa mãe. Tudo quanto fere a terra, fere os filhos da terra. Se os homens cospem no chão, cospem sobre eles próprios.
De uma coisa sabemos: a terra não pertence ao homem: é o homem que pertence à terra. Disto temos certeza. Todas as coisas estão interligadas, como o sangue que une uma família. Tudo está relacionado entre si.
Tudo quanto agride à terra, agride os filhos da terra. Não foi o homem quem teceu a trama da vida; ele é meramente um fio da mesma. Tudo que ele fizer para a trama, à si próprio fará.
Os nossos filhos viram os seus pais humilhados na derrota. Os nossos guerreiros sucumbem sob o peso da vergonha. E depois da derrota passam o tempo em ócio, envenenando seu corpo com alimentos adocicados e bebidas ardentes. Não tem grande importância onde passaremos os nossos últimos dias – eles não são muitos. Mais algumas horas, mesmo alguns invernos, e nenhum dos filhos das grandes tribos que viveram nesta terra ou que tem andado em pequenos bandos pelos bosques, sobrará para chorar, sobre nossos túmulos, um povo que um dia foi tão poderoso e cheio de confiança como o nosso.
Nem o homem branco, cujo Deus com ele passeia e conversa de amigo para amigo, pode ser isento do destino comum. Poderíamos ser irmãos apesar de tudo. Vamos ver. De uma coisa sabemos que o homem branco venha talvez, um dia a descobrir: nosso Deus é o mesmo Deus. Talvez julgue, agora, que o pode possuir do mesmo jeito como deseja possuir a nossa terra; mas não pode. Ele é Deus da humanidade inteira e é igual sua piedade para com o homem vermelho e o homem branco.
Esta terra é querida por ele e causar dano à terra é cumular de desprezo o seu criador. Os brancos vão acabar; talvez mais cedo do que todas as outras raças. Continuem poluindo as suas camas e hão de morrer uma noite, sufocados em seus próprios dejetos.
Porém, ao perecerem, eles brilharão com fulgor, abrasados pela força de Deus, que os trouxe a este país e, por algum desígnio especial, lhes deu domínio sobre esta terra e sobre o homem vermelho. Esse destino é para nós um mistério, pois não podemos acreditar como será quando todos os bisões forem massacrados, os cavalos selvagens domados, as brenhas das florestas carregadas de odor de muita gente e a vista das velhas colinas empanada por fios que falam. Onde ficará o emaranhado da mata? Terá acabado. Onde estará a águia? Irá acabar. Restará dar adeus à andorinha e à caça. O fim da vida é o começo da luta para sobreviver.
Compreenderíamos talvez, se conhecêssemos com o que sonha o homem branco, se soubéssemos quais as esperanças que transmite a seus filhos nas longas noites de inverno, quais as visões do futuro que oferece às suas mentes, para que possam formar desejos para o dia de amanhã. Somos, porém, selvagens. Os sonhos do homem branco são para nós ocultos. Por serem ocultos, temos que escolher nosso próprio caminho.
Se consentirmos em vender a nossa terra, será para garantir as reservas que nos prometeu. Lá talvez possamos viver nossos últimos dias, conforme desejamos. Depois que o último homem vermelho tiver partido e a sua lembrança não passar da sombra de uma nuvem a pairar acima das pradarias, a alma do meu povo continuará vivendo nesta floretas e praias, porque nós a amamos, como ama um recém-nascido o bater do coração de sua mãe.
Se lhe vendermos a nossa terra, ame-a como nós a amávamos. Proteja-a, como nós a protegíamos. Nunca esqueça de como era esta terra, quando dela tomou posse. E com toda a sua força, o seu poder e todo o seu coração: – conserve-a para seus filhos e ame-a como Deus nos ama a todos. De uma coisa sabemos: o nosso Deus é o mesmo Deus. Esta terra é por ele amada. Nem mesmo o homem branco pode evitar o nossos destino comum.

Noah Sealth (1786-1866)

Convite





A tricentenária Matriz de Nossa Senhora da Boa Viagem de Itabirito, recebe o Coral Canarinhos de Itabirito dia 25/03 em sua Cantata Quaresmal, às 20h, entrada franca.

A busca pela paz é sempre um dos grandes desafios do mundo contemporâneo. Neste cenário atual de desastres ecológicos e conflitos internacionais, a reflexão tem sido uma grande aliada à prosperidade cristã. O canto polifônico, com toda sua beleza estética, eleva os humanos a um real estado de graça e paz.

“A quaresma - período de maior reflexão no calendário cristão, é para a história da música um “cenário de inspirações” onde boa parte dos compositores criaram verdadeiras obras mestras cada qual em seus respectivos estilos e tempos”, afirma Eric Lana, Maestro e Diretor Artístico dos Canarinhos de Itabirito.

Neste contexto, o Coral Canarinhos de Itabirito preparou um concerto com obras de elevado nível técnico exclusivamente apropriadas para o período quaresmal. No repertório, os contemporâneos Javier Busto e John Rutter se fundem aos seus antepassados, Mendelssohn, Bach e Pe. José Maria Xavier (exemplo raro da música sacra oitocentista mineira) nas 45 vozes das crianças e jovens integrantes dos Canarinhos de Itabirito. O concerto tem a direção artística e regência do Maestro Eric Lana, com a participação de solistas e instrumentistas convidados.

Evento: Cantata Quaresmal
Data: 25 de março
Horário: 20h
Local: Igreja de N. S. Da Boa Viagem – Itabirito MG.
Valor: ENTRADA FRANCA
Duranção: 1h
Classificação etária: livre
Informações: (31) 8643-1244

sexta-feira, 18 de março de 2011

Informações (In)Úteis

No dia 18 de março do ano de:
731 – São Gregório III inicia seu reinado como 90º papa, que sucedeu o Papa Gregório II.

1241 – Cracóvia é destruída pelos mongóis.

1871 – O presidente do governo francês, Louis Adolphe Thiers, fracassa na tentativa de desarmar a Guarda Nacional em Paris. A população se rebela, expulsa o contingente que tentava o desarmamento tendo assim se iniciado a independência de Paris em relação à Assembleia Constituinte em Versalhes.

1981 – Entra em vigor o Tratado de Montevidéu, que institucionaliza a Associação Latino-Americana de Integração (ALADI).


E também: Dia Nacional da Imigração Judaica e Dia do DeMolay

Vivaa!

Eu filosofo, tu filosoficas, nós filosofamos...

Escrever é esquecer. A literatura é a maneira mais agradável de ignorar a vida. A música embala, as artes visuais animam, as artes vivas (como a dança e a arte de representar) entretêm. A primeira, porém, afasta-se da vida por fazer dela um sono; as segundas, contudo, não se afastam da vida - umas porque usam de fórmulas visíveis e portanto vitais, outras porque vivem da mesma vida humana. Não é o caso da literatura. Essa simula a vida. Um romance é uma história do que nunca foi e um drama é um romance dado sem narrativa. Um poema é a expressão de ideias ou de sentimentos em linguagem que ninguém emprega, pois que ninguém fala em verso.
Fernando Pessoa


Mini Biografia:

Fernando António Nogueira Pessoa (1888-1935, Lisboa), poeta e escritor português. Pessoa é considerado junto de Luís Vaz de Camões um dos mais importantes poetas de língua portuguesa.

quinta-feira, 17 de março de 2011

Como num romance...

A História de Lily Braun

Composição: Edu Lobo/Chico Buarque

Como num romance
O homem dos meus sonhos
Me apareceu no dancing
Era mais um
Só que num relance
Os seus olhos me chuparam
Feito um zoom

Ele me comia
Com aqueles olhos
De comer fotografia
Eu disse cheese
E de close em close
Fui perdendo a pose
E até sorri, feliz

E voltou
Me ofereceu um drinque
Me chamou de anjo azul
Minha visão
Foi desde então ficando flou

Como no cinema
Me mandava às vezes
Uma rosa e um poema
Foco de luz
Eu, feito uma gema
Me desmilinguindo toda
Ao som do blues

Abusou do scotch
Disse que meu corpo
Era só dele aquela noite
Eu disse please
Xale no decote
Disparei com as faces
Rubras e febris

E voltou
No derradeiro show
Com dez poemas e um buquê
Eu disse adeus
Já vou com os meus
Numa turnê

Como amar esposa
Disse ele que agora
Só me amava como esposa
Não como star
Me amassou as rosas
Me queimou as fotos
Me beijou no altar

Nunca mais romance
Nunca mais cinema
Nunca mais drinque no dancing
Nunca mais cheese
Nunca uma espelunca
Uma rosa nunca
Nunca mais feliz

Cantada por Chico Buarque, e agora, numa linda versão da Maria Gadú, fico pensando na história por trás dos versos de A História de Lily Braun.
E saciando essa vontade, convido vocês a conhecer Lily Braun por Veri Prado (http://embalagemeconteudo.blogspot.com/2009/12/historia-de-lily-braun.html).

A Historia de Lily Braun

Ela era fã de romances. Lia livros e via filmes que falavam de amor e ficava imaginando como seria se ela fosse a personagem principal. Imaginava o homem dos seus sonhos, como ele seria e como seria sua aproximação. Lily era daquelas mocinhas de filme, gostava de histórias com final feliz e possuía uma imaginação tão louca quanto fértil. Freqüentadora assídua de um bar próximo de onde morava, Lily era conhecida lá por ser discreta e sempre tomar a mesma bebida, na mesma mesa toda a semana. O bar era uma danceteria discreta, música ambiente, bar man e sempre frequentado pelas mesmas pessoas. Ela nunca se interessara pelos caras que ali bebiam e conversavam. Achava que eles nunca lhe dariam o romance que ela tanto almejava. Queria algo arrebatador, diferente. Algo que lhe tirasse da mesmice e lhe levasse para dentro de seus livros e filmes de romance, mas desta vez de verdade, não só na imaginação.


Uma certa noite chovia muito e Lily entrou no Dancing e pediu o de sempre ao garçom. Ele lhe trouxe o martini com três azeitonas. Lily gostava do gosto que as azeitonas deixavam no final da sua bebida. E depois ela as comia devagar, saboreando o martini ali impregnado. Naquela noite, ela pouco se interessou em observar as pessoas que estavam no Dancing. Estava concentrada no novo livro de romance que comprara antes de entrar ali. Quando enfim terminou o primeiro capítulo do livro, viu que o martini tb tinha se acabado e com ele as azeitonas. Chegou a pensar que o livro estava tão interessante, que nem percebeu quando as tinha comido. Lily precisava ir pra casa, estava a muito tempo ali sentada sem perceber. Ainda bem que morava bem próximo ao Dancing. Alguns passos e estaria em casa.

Quando fechou o livro e levantou a cabeça para pedir a conta ao garçom, seus olhos lhe levaram para a porta por onde está entrando, naquele instante, um homem bem apressado. Parece estar querendo se proteger da chuva. “Coitado!” Ela pensou. Mas seu pensamento não passou disso. Afinal, era apenas mais um freqüentador novo no Dancing. E neste momento ele a avistou. E foi como se os olhos dele tivesse lhe dado um close. Assim como acontecem nos cinemas. Ele ficou parado por um tempo contemplando Lily. Parecia comê-la com os olhos. O que a deixou muito sem jeito e talvez com um pouco de medo. Mas ela sorriu timidamente a ele. E logo se imaginou fazendo poses para os olhos daquele homem desconhecido que a olhava como se a tivesse fotografando para não esquecer do seu rosto. Pensou que talvez fosse bom retribuir a ele os olhares, afinal ele era muito bonito, pelo menos assim de longe. E foi então, quando pensou nisso, que ela lhe sorriu dessa vez com tamanha felicidade. Pois tinha algo dizendo a Lily que era para ela agir dessa forma. Parecia que os olhos daquele homem a tinham hipnotizado.

Ele veio em sua direção, para Lily não havia mais ninguém no Dancing, apenas ela e aquele homem misterioso. Quando ele se aproximou, ela conseguiu ver direito o seu rosto. Tinha as sobrancelhas grossas e bem desenhadas, um rosto quadrado e lábios médios. O queixo era bem pronunciado. Não possuía barba e nem bigode e os cabelos eram negros e ainda tinha um pouco de costeleta. Parecia aquele personagem do filme que ela tinha visto semana passada. Pensou ser imaginação. Talvez devesse parar de ler e de ver tantos romances. Mas a sua imaginação acabara de lhe oferecer um drinque. Ela disse que sim apenas com a cabeça. Ele puxou a cadeira ainda olhando em seus olhos, quando o garçom se aproximou. E sem tirar os olhos dela ele pediu: “Traga para essa moça o mesmo que estava bebendo e um scotch para mim!” Lily se sentiu confusa. Pensou em ir embora, mas antes mesmo que ela juntasse suas coisas ele falou novamente: “O que um anjo azul faz aqui neste lugar?!” Anjo azul?! Que brega! Mas assim era Lily, brega como seus romances. E nesse instante sua visão ficou flou. Depois deste dia, vários martinis com três azeitonas Lily tomou com aquele homem que deveria ter vindo do romance mais meloso que ela já tinha lido ou visto. Ás vezes era presenteada com uma rosa azul e um poema feito especialmente para ela. Lily estava aproveitando cada momento daqueles encontros no Dancing, que passaram a ser rotineiros e vivia como as personagens mais amadas da face da ficção. Mas o seu romance, de fictício não tinha nada.. Todos os dias quando chegava em casa, e escutava o blues que estava tocando no Dancing quando se conheceram, ficava pensando no olhar, nas palavras em tudo o mais que aquele homem lhe proporcionava, ela se comparava a uma gema sem clara, completamente desmilinguida. Era assim que ela pensava estar. Numa certa noite ele abusou um pouco do tal scotch e entre tantas palavras de amor ele lhe disse que o corpo dela seria só dele aquela noite. “Oh…por favor!” Ela disse. O achou atrevido e ela não seria dessas. Afinal ela era a mocinha e não a moça malvada que quer separar o casal, pensava ela. Mas não era isso o que Lily queria dizer. Queria mesmo ter seu corpo envolto ao dele. Mesmo assim, ela colocou seu xale em volta do busto para esconder o decote da chuva ou de quem quer que seja e se foi. Cheia de vergonha, com o rosto vermelho e quente.

Lily continuou freqüentando o Dancing, mas já não queria encontrar aquele homem. Achava que ele tivesse desistido dela por ela se negar a ir pra cama com ele. Chegou a se arrepender de dizer não, mas Lily era muito tímida e contida em seus sentimentos carnais. Ela queria sim se entregar ao homem da sua vida. Mas achava que ele tinha sido muito canalha ao lhe proferir aquelas palavras. “Meu corpo só dele?! Não sou uma mercadoria!” chegou a pensar cheia de raiva sentada na mesma mesa, tomando seu Martini. Mesmo não querendo encontrá-lo, Lily não parava de olhar para a porta do Dancing. Queria que estivesse chovendo como da primeira vez. E achou que ele nunca mais voltaria ali. Lily tentou se ater ao seu novo romance e quando percebeu que folheava as páginas do livro sem prestar atenção no que estava escrito ali, decidiu ir embora. Juntou seu casaco e bolsa e caminhou até a porta. Quando a abriu, eis que surge em sua frente aquele homem. Tinha ele em suas mãos um buquê de rosas azuis e dez poemas feitos especialmente para ela. Tinha juntado por todos esses dias que não haviam se encontrado. Mas Lily ficou irredutível, apesar de querer abraçar seu grande amor, não pegou as flores ou os poemas, Lhe disse adeus e saiu caminhando. Ele foi atrás dela e gritava seu nome lhe pedindo para esperar. Lily parou e ele em sua frente disse que lhe amava e que a queria como esposa e não como mercadoria. O coração de Lily disparou, era tudo o que ela queria ouvir desde que se conhecia por gente. Ela mal conseguia acreditar quando ele a beijou no altar da Igreja da cidade onde nascera.




Com o passar do tempo, Lily nunca mais leu ou viu um romance. Pensava que, o que ela estava vivendo era suficiente. Nunca mais tomaram drinque no Dancing. Afinal, lá era cheio de homens, não ficaria bem para uma mulher casada freqüentar aquele lugar de solteiros. E também nunca mais recebera suas rosas azuis ou seus poemas. Sentia falta de tudo aquilo. Talvez Lily seria mais feliz anteriormente e não sabia disso. Achava que sua felicidade estivesse nas mãos de um romance, mas estava enganada. Sua privação da vida que tinha antes lhe respondera que não. O romance da vida real lhe dissera que não.

***

E aí, vocês concordam?
Em breve a história por trás da A História de Lily Braun, por mim Cecilia&Ana.

quarta-feira, 16 de março de 2011

Nos versos de Cartola...

O Mundo é Um Moinho

Composição: Cartola
 
Ainda é cedo, amor
Mal começaste a conhecer a vida
Já anuncias a hora de partida
Sem saber mesmo o rumo que irás tomar

Preste atenção, querida
Embora eu saiba que estás resolvida
Em cada esquina cai um pouco a tua vida
Em pouco tempo não serás mais o que és

Ouça-me bem, amor
Preste atenção, o mundo é um moinho
Vai triturar teus sonhos, tão mesquinho.
Vai reduzir as ilusões a pó

Preste atenção, querida
De cada amor tu herdarás só o cinismo
Quando notares estás à beira do abismo
Abismo que cavaste com os teus pés



Música do grande Cartola, surpreende-me o fato de muito pouco se falar de Angenor do Oliveira, fundador da Escola de Samba Mangueirae o maior sambista de todos os tempos.
Espero que vocês gostem!


Apresentação

Olá! Tem alguem aí?

Caro amigo leitor (se assim você me permite chama-lo), estou em dúvida como devo proceder com você e sinceramente, com o próprio blog. Ora, isso é uma apresentação e não sei o que dizer. Não que nada sobre mim eu saiba, longe disso, sei demais e não sei por onde começar. Eis o problema!
E também, tenho medo de deixar aqui apenas coisas boas  e você achar que ''me acho demais'' ou somente coisas ruins  e você achar que sou uma pessoa baixo astral. Então é melhor que nos conhecemos aos pouquinhos a medida que vou postando, do modo mineiro mesmo, uai.
Mas acho bom vocês saberem, quem vos escreve? Daniely!

''...estou procurando, estou procurando. Estou tentando me entender. Tentando dar a alguém o que vivi e não sei a quem, mas não quero ficar com o que vivi. Não sei o que fazer do que vivi, tenho medo dessa desorganização profunda."
Clarice Lispector

Dedicado Cecilia e a Ana, minhas avós, que inspiraram o nome do blog.
Sejam todos bem vindos!